Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Se observarmos a natureza, poderemos ver uma imensa variedade na criação de Deus: Ainda nem conseguimos identificar todas as espécies ou variedades criadas. Deus criou tudo de forma maravilhosamente diferente e única "e viu que tudo era bom". Como nós vemos as diferenças? Conseguimos acolher e valorizar a diversidade? Olhando para o relato da Torre de Babel (Gn 11), percebemos que a diversidade já há muito tempo gera dificuldades. As pessoas usaram sua sabedoria e a tecnologia a serviço de seu próprio poder e não a serviço da vida. Uniformizaram suas construções, sua língua, sua ambição. Queriam dominar. Tornar-se invencíveis. O Espírito de Deus resgata a diversidade para a manutenção da vida. Deus interrompe a Torre de Babel e impede o poder e a dominação humana, pois o projeto humano contrariou o projeto divino. Atualmente, a Torre de Babel está bem grande novamente. A produção nas fábricas é em série. A indústria alimentícia é padronizada. As sementes já vêm geneticamente transformadas. As lavouras que vemos são tomadas de uma ou duas variedades. Certamente queremos avançar em nossas pesquisas, descobrir coisas novas, melhorar nossa vida. Mas não podemos esquecer jamais que, quando os avanços tecnológicos e o progresso não promovem vida, eles não nos servem, porque não estão a serviço de Deus. Respeitar as diferenças, respeitar a capacidade criativa de cada ser humano e de toda a criação ainda é um desafio que a boa-nova de Pentecostes nos lança. Isso também em nosso jeito de celebrar, de ensinar e de viver a fé. Não nos tranquemos em um só lugar, falando uma só “língua". Que o medo de anunciar a boa-nova de Jesus Cristo nos mais diferentes contextos também não nos deixe trancá-la em nossos templos, casas e confissões religiosas. Clamemos insistentemente para que o vento sagrado de Pentecostes sopre sempre mais sobre nós, inunde nossos corações e mentes e encoraje-nos a destrancar-nos, levando luz aos mais diferentes lugares, em diferentes línguas, jeitos e culturas. Para que todos possam entender e viver em sua própria "língua" a boa-nova da salvação.

Semente de Esperança