Turmas do 8ºano do Instituto Ivoti realizam concurso de Crônicas Literárias

  • Categoria: Educação Básica
  • Data: 22/07/2020 00:00
Turmas do 8ºano do Instituto Ivoti realizam concurso de Crônicas Literárias

Ivoti - Os estudantes do 8º ano A e do 8º ano B escreveram crônicas durante as aulas de língua portuguesa com a professora Andrea Camargo. A partir dessa atividade, eles organizaram um concurso para escolher os melhores textos.

As crônicas produzidas pelos estudantes circularam entre os colegas da turma, que leram e escolheram quais textos tiveram melhor desempenho, considerando o que foi estudado sobre esse tipo de texto durante as aulas.

Na turma do 8º ano A foram escolhidos os textos da Vitória Kayser - A nova vida, da Larissa Tietze - Crianças e da Larissa Prade. Já no 8º B venceram os textos da Luiza Machado - O poder das lembranças, do Pedro Muller - Café Sem Café e da Rafaela Ribas - Bolo esbodegado.

Os três primeiros colocados de cada turma receberam um certificado de premiação.´

 

Confira os textos dos primeiros colocados:

A nova vida

Autora: Vitória Kayser, 8A

-Vou buscar a nossa mudinha de Flamboyant pra gente ir até o quintal! - disse mamãe.

-Ok, te esperamos lá. - eu disse.

Fomos correndo até o quintal, pois estávamos ansiosos para plantar nossa primeira árvore, que seria linda, cheia de vida! Cavamos o buraco e, no mesmo instante, mamãe chegou, trazendo em seus braços um pequeno pedaço de raiz. 

-Prontinho, crianças, podemos começar! - disse ela.

Lívia e eu prontamente tiramos a plantinha dos braços de nossa mãe e colocamos com cuidado dentro do buraco. Papai , por fim, tampou-o, pois era o que mais tinha força para usar a pá. 

-Agora que plantamos, vamos regar e esperar alguns meses para que nossa árvore esteja cheia de cor, com várias flores… -papai falou.

Lívia e eu queríamos há muito tempo plantar uma árvore, pois é algo muito mágico ver uma nova vida crescendo.

Quando limpamos tudo, fomos correndo para dentro de casa nos preparar para o café da tarde, pois o cheirinho estava incrível!

Enquanto tomávamos nosso café, conversamos sobre a experiência de plantar uma árvore, que foi maravilhosa. Espero que nosso Flamboyant fique lindo e que possamos realizar essa atividade muitas vezes ainda!

 

O poder das lembranças

Autora: Luiza Machado, 8B

Acabo de chegar na praia. 16:45, ainda há tempo, penso. Em tempos como esse, o sol costuma se pôr mais cedo e estava com medo de não chegar a tempo. Abro minha manta no chão, mas não me sento. Apenas observo. Não sei o que há de tão reflexivo com o mar, talvez as ondas, que vão e vêm, ou talvez o infinito azul. É metade do mês de junho e a praia está, pode-se dizer, cheia. As crianças, correndo, os adultos conversando e os casais enamorados.

Caminhando ali, à beira mar, me recordo desses tempos, de quando éramos eu e mamãe contra o mundo. De quando me aninhava em seu colo na noite fria, de quando me prometia que nunca iria me abandonar. Eu ainda tinha esperança, ainda acreditava. 

Uma garotinha passa e me cumprimenta:

Muito lindo, né?

Ô se é…- respondo.

Realmente é muito lindo. Parece uma grande bola de fogo. Grande e esbelto sol. De longe é tão pequeno, mas na verdade, não somos nada perto dele. Certa vez, há mais tempos, vovô falou que, apesar de todos os caminhos estarem na direção errada, o sol sempre segue o mesmo padrão: nasce em um lado e se põe do outro. Tão sábio vovô, como sinto saudades dele. 

Mais para frente da praia, há um cachorro, pequeno, peludo e escuro, com algumas bolinhas brancas espalhadas pelo pelo. Me lembrou Apolo, meu cachorro de infância. Meu Deus, como foi difícil conseguir aquele cachorro. Tive de prometer para mamãe que eu iria limpar qualquer sujeira que ele fizesse e que passearia com ele durante o dia. Acho que essa é uma das mentiras que as crianças contam, porque, no fim, mamãe foi quem cuidou dele, até seu último suspiro. 

Ainda lembrando do Apolo, percebo que todos da praia estão olhando para a mesma direção: oeste. Então percebo que está acontecendo. Olho para o meu relógio: 17:27, meu Deus, as lembranças realmente fazem voltar no tempo. Volto o mais rápido para minha manta e observo-o.

E então, praticamente de um minuto para o outro, foi-se. Sumiu por completo, e com ele foram as lembranças também. 

Era mais um dia que finalizara com esse divina criação.

 

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