Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Francisco Lisboa Pereira levanta cedo para trabalhar. Veste sua fatiota, amarra a gravata e passa a escova nos sapatos. Seu escravo, Zé do Congo, já está a postos para carregar a caixa. Francisco nunca carrega as ferramentas porque não quer ser reconhecido como pedreiro nas ruas do Rio de Janeiro. Ele entende que o trabalho braçal é coisa para escravos. Naqueles tempos, as pessoas pensavam que somente o pessoal do clero (padres, monges, freiras) serviam a Deus, e que todos os outros tipos de trabalho representavam algo como castigo. Especialmente o trabalho braçal deveria ser feito por pessoas inferiores. Pena que Francisco não conheceu os Reformadores. Eles ensinaram que todos os tipos de trabalho são serviço prestado a Deus, desde que o trabalhador, a trabalhadora, seja uma pessoa honesta e sirva seus semelhantes com um trabalho bem realizado. Até mesmo a menina que balança o berço disse o Reformador Martim Lutero serve a Deus, porque ela presta um serviço ao bebê. Com esse novo conceito de serviço a Deus, os Reformadores valorizaram sobre-maneira todos os tipos de trabalho.

Semente de Esperança