Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Deus perguntou a Caim onde estava seu irmão Abel. Caim replicou, zangado, com outra pergunta extremamente sem vergonha: Sou por acaso o guardião do meu irmão? Com essa postura de Caim, se denuncia a naturalidade de toda a violência contra o outro, o preconceito e a indiferença e coloca-se em risco a dignidade humana. É claro que Caim deveria ser o guardião do seu irmão, assim como qualquer um e uma de nós. Querendo ou não, sou o guardião da outra pessoa porque o bem-estar dela depende do que eu faço ou do que deixo de fazer. Sou imagem e semelhança de Deus porque reconheço essa dependência e aceito a responsabilidade. No momento em que questiono essa dependência, e peço, como fez Caim, que me deem razões para que eu me preocupe e cuide da outra pessoa, renuncio à minha responsabilidade. Renuncio à minha condição de ser imagem e semelhança de Deus. A dependência da outra pessoa é o que me faz um ser humano, e ter uma relação digna com as outras pessoas, que cresço como ser humano.

Semente de Esperança