Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Quando só se pensa em Deus como rei glorioso, Jesus vem montado num animal de carga. E entra em Jerusalém, a capital. Os discípulos, as discípulas e o povo peregrino, vindos da Galileia, o aclamam como o Cristo. O povo da capital não participa. Apenas assiste, e as autoridades nem aparecem. A peregrinação termina na praça do Templo, na praça dos poderes centralizados em Jerusalém. Como se fosse uma das diferentes manifestações que revelam esperança em meio ao sofrimento do povo e a sua indignação frente às injustiças. Nem todos participam, pois têm medo. A maioria apenas assiste. A caminhada de Jesus e de seus discípulos era também a caminhada das comunidades: seguir Jesus, desde a Galileia até Jerusalém, desde o lago até o calvário, com a dupla missão de denunciar as atitudes de não-vida de quem prepara a cruz para quem os desafia, e de anunciar ao povo a certeza de que um mundo novo é possível. Jesus é aclamado pela multidão de caminhantes, na ideia do messias-rei-glorioso-filho-de-Davi! Jesus aceita a homenagem, mas com reserva, pois seu Reino não é de poder e armas, mas de serviço e amor. E nós, que temos o desafio de “viver o Batismo" e colocar dons a serviço, temos a oportunidade de sair da condição de “assistentes" para agentes. E então cantamos: Hosana, hey!

Semente de Esperança