Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

A propaganda é a alma do negócio. Quanto mais divulgação, melhor as chances de êxito do empreendimento. Assim é no mundo comercial e não está sendo muito diferente no universo religioso, que lança no mercado os produtos da fé. De modo semelhante, instituições religiosas aderem às técnicas do marketing comercial para divulgar seus produtos em oferta, tais como: cultos, milagres, bênçãos específicas, shows, literatura e uma gama de outros produtos a serem consumidos. Um verdadeiro leilão de ofertas, uma bolsa de valores em negociata, em que, quanto mais se paga e consome, mais próspero será. Utilizar esses recursos humanos e tecnológicos não é ruim em si ou diabólico. Até certo ponto eles são indispensáveis, mas a pergunta que devemos fazer é esta: O que Jesus, que é o Senhor da Igreja, e deveria continuar sendo, diria aos marqueteiros que converteram a obra de Deus num espetáculo público e comercial? Assim, em diversas ações, ao fazer algo maravilhoso, Jesus recomenda: ‘Vai e não conta nada a ninguém’ (Mc 5.43;7.35). Se essa ordem foi obedecida, não sabemos. Mas inúmeras vezes o anonimato e o silêncio eram da vontade de Jesus. As boas ações terão a sua eficácia com a ação do Espírito Santo e não ficarão escondidas. Portanto cabe um limite na propaganda. Porém não se acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Ela tem a função de iluminar o ambiente (Mt 5.15), mas a sua luz não pode ofuscar e cegar. A propaganda não pode nem deve ser maior do que a ação de fato. Nesse sentido, será que Jesus estava prevendo que quem muito diz, muito divulga seu nome, pouco ou nada faz em prol do reino de Deus, para o qual Ele apontava, e por isso quer aparecer diante dos homens para ter e receber já aqui e agora a sua recompensa gloriosa Pense sobre isso!

Semente de Esperança