Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Eu cresci numa família humilde. Meus pais trabalhavam para colocar o pão na mesa, mas, mesmo assim, éramos felizes. Aos domingos, com ou sem chuva, a família ia ao culto, meu pai com os filhos sentados à direita do corredor e minha mãe com as filhas sentadas à esquerda. Era o costume da época. Não se passeava muito, pois o dinheiro era curto. Às vezes, quando havia um feriado durante a semana, fazíamos um piquenique. O pai e a mãe preparavam o lanche dentro de uma cesta. Íamos de bonde até o centro de Porto Alegre e noutro até o fim da Linha do Bairro da Glória. Depois ainda caminhávamos 3 km para chegar ao lugar de acampar. Essas minhas lembranças são de 70 anos atrás. Não havia assaltos como hoje. Por que mudou tanto assim? É simples: as pessoas são mais rudes, muitas não têm religião, não vão a nenhuma igreja. Há pais e mães que não conseguem ensinar como viver dignamente. Nós somos diferentes? Talvez sejamos nas ações. Mas nos pensamentos também matamos. Como? Só em pensar mal de uma pessoa já estou matando, pois penso e mato em pensamentos. Lutero lembra-nos: Devemos temer e amar a Deus e, por isso, não agredir nem ferir o nosso próximo; mas devemos ajudá-lo para que tenha tudo de que precisa para viver. Pensemos nisso e lutemos contra todo tipo de ódio.

Semente de Esperança