Muito ajuda quem não atrapalha
- Categoria: Mensagem da Pastoral
- Data: 03/09/2019 00:00
Mateus 12.22-32
‘Então levaram a Jesus um homem que era cego e mudo porque estava dominado por um demônio. Jesus o curou, e ele começou a ver e a falar’. (v. 22)
Há um provérbio popular que diz: "Muito ajuda quem não atrapalha".
Um homem muito sofrido é levado até Jesus. Certamente movido pela compaixão, Jesus o curou. A multidão maravilhada com a cura pergunta se Jesus é de fato o Messias esperado. Ao que um grupo de líderes religiosos, os fariseus, de pronto responderam: “É Belzebu quem dá poder a este homem para expulsar o mal”. Imediatamente nosso Senhor argumenta que tudo o que ele faz é pelo poder do Espírito de Deus, e que peca contra esse Espírito quem desqualifica o seu agir como tal. Chama a atenção, neste relato bíblico, a postura de Jesus. Ao curar, ele integra e devolve a dignidade a esse homem sem voz, sem visão e fora de seu equilíbrio pleno. A isso chamamos de empatia, a capacidade de sentir, de compreender, de ouvir, de se colocar no lugar do outro sem julgamentos. A empatia está intimamente ligada ao altruísmo e a capacidade de ajudar. Por outro lado, espanta-nos a postura de hostilidade dos fariseus. Além de não ajudarem, criticam quem auxilia e desqualificam a ajuda prestada. A isso chamamos de apatia, ou seja, a indiferença em ralação a dor do outro e a incapacidade de sentir o outro. Como comunidade cristã, somos convidados a seguir os passos de Jesus adotando uma postura empática e solidária, pelo viés da diaconia transformadora.
Texto do livro Castelo Forte 2019