Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Jesus entra em Jerusalém, montado em um burrinho. Não num cavalo garboso, cercado de soldados
bem armados. Mas num burrinho, tomado de empréstimo. Cumpre as Escrituras que anunciavam o
Senhor humilde, pacífico, salvador. Não se fala de entrada triunfal! Talvez sejam nossos olhos que leem
assim, com pompa e brilho. Mas convido para olhar para trás. Eu queria voltar 24 quilômetros. Talvez
para um texto que nem se costuma ler no Domingo de Ramos. Marcos fala-nos dele aqui, no caminho
entre Jericó e Jerusalém, depois do pedido dos filhos de Zebedeu, para estarem à direita e à esquerda
do Senhor na glória. E aqui está Bartimeu, na beira da estrada, e estão Jesus, seus discípulos, a
multidão, os que mandam Bartimeu calar a boca e os que o encorajam a ir. Era obrigação, na época,
que judeus religiosos dessem esmolas, principalmente em época de festas, como a Páscoa que está
próxima. E nada mais se fala sobre esse filho de Timeu se jovem ou velho, como ficou cego, ou coisa
assim. Se diz, sim, que ficou sabendo que entre tantos que passavam pela estrada também Jesus
seguia para Jerusalém.

Semente de Esperança