Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

No período compreendido entre o advento da filosofia e o advento de Jesus Cristo, não existia verdade revelada. Os pré-socráticos moviam suas mentes e ensaiavam fórmulas na criação de uma teoria do conhecimento no emaranhado de concepções mitológicas e métodos próprios de raciocínio. Nada mais lhes era dado. Tudo vinha de esforço próprio. Antes de Jesus Cristo, toda divindade era uma ideia. Os devotos precisavam criar, através das artes plásticas representações dessa ideia, tentando dar-lhe visibilidade e concretude. A religião cristã inaugurou um novo tempo; nasceu uma criança bonita em um ambiente que seria feio se Deus não o tivesse embelezado com anjos e luzes. Isso é Deus, evangelho, boa-nova; não é mais imagem de uma ideia, como eram as religiões anteriormente. O neném Jesus é Emanuel, Deus conosco, concretude que não necessita de imaginação, ou seja, criação de imagem. É sabido que, durante o movimento da Reforma Protestante, no século XVI, o uso de imagens na igreja foi questionado. Lutero, porém, admitiu o uso de imagens. Se elas servirem para fixar didaticamente o que dizem as Escrituras Sagradas e para firmar o próprio Cristo, é bom que sejam usadas, defendia ele.

Semente de Esperança