Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Os estudantes dos 8ºs anos, 2º e 3ºs anos do Ensino Médio no Itinerário Formativo em Comunicação e Humanidades (IFCH) organizaram uma exposição no Saguão do Prédio C: 20 de Novembro, Consciência Negra. A exposição traz vivências dos estudantes, principalmente das aulas das professoras Jorgia Seibel e Márcia Dias, mas com o apoio de muitos professores das diferentes áreas do conhecimento. 

A proposta é dar visibilidade para a presença negra no Rio Grande do Sul e no Brasil. No IFCH os estudantes conheceram territorios negros em Porto Alegre: Museu do Hip Hop, Quilombo Areal da Baronesa e Museu do Percurso do Negro. Após as saídas de estudos, os estudantes foram desafiados a produzir  e apresentar um pouco destes territórios para a comunidade escolar. “Foi muito legal fazer essas atividades e ficamos orgulhosos de poder fazer parte dessa exposição”, destacou o estudante Lino Golfetto.

A aluna Bruna Caldato também deixou seu relato: “foi uma experiência cheia de aprendizados surpreendentes! Além de podermos conhecer mais de perto a história de tantos. Impactante”. Assim como os colegas, Anna Lara também deixou seu depoimento, destacando principalmente a visita ao museu do Hip Hop. “A experiência foi incrível, aprendi que o hip hop é muito mais do que apenas um estilo musical; é uma cultura vibrante que nasceu nas comunidades afro-americanas de Nova York na década de 1970, como um grito de resistência e expressão artística em meio a desafios sociais e econômicos. O museu retrata essa essência de forma autêntica e tocante, mostrando como o hip hop influenciou gerações, rompeu barreiras e continua a promover mudanças importantes na sociedade. É um espaço lindo e cheio de amor que celebra a história, os valores e a resiliência dessa cultura”, disse Anna. O estudante Kirian Moura avaliou a experiência como sendo incrível! “Toda a estrutura e a dedicação dos profissionais em contar essa história tão marcante é muito emocionante e importante! Realmente uma ótima experiência de aprendizado que vou guardar comigo”, reforçou. 

Também faz parte da exposição divulgar autores negros e obras da literatura que abordem a presença negra no país, além de trazer elementos culturais da população negra. As obras e objetos expostos são de acervo pessoal, da Biblioteca Machado de Assis e do próprio Instituto Ivoti. As discussões e conversas com os estudantes sempre tiveram como primeira intenção divulgar conhecimento como forma de eliminar estereótipos e preconceitos. 

As turmas dos 8ºs anos trabalharam questões sobre “mitos e verdades” relacionados à  população negra, buscando promover o debate, a argumentação bem como a  consciência crítica. “Trabalhamos elementos da cultura afro-brasileira através de imagens, pinturas, do lúdico. E associamos a exposição ao conteúdo programático, no componente de Geografia, como a utilização de mapas, o resultado do processo de ocupação e colonização, além da história de luta e resistência do povo africano”, ressaltou a professora Jorgia.