Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Os cheiros e sabores da Páscoa são muitos. Em minha memória estão guardados os cheiros das flores que usávamos para enfeitar um prato ou cestinha e esperar até o domingo cedo, quando amanheciam cheios de ovos coloridos. O domingo da Páscoa era uma alegria, e fomos aprendendo sobre a ressurreição de Jesus. Naquela manhã, quando as mulheres prepararam perfumes para levar ao túmulo, o cheiro lembrava-lhes que Jesus havia morrido. Agora ali no túmulo não sabiam o que pensar porque não encontraram o corpo de Jesus para perfumar. ‘Por que é que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo?’ (Lc 24.5b) - foi a intrigante pergunta que ouviram. Não é para procurar ali no túmulo quem está vivo! O perfume da vida é a ressurreição. Páscoa é incrível, é o totalmente anormal e inesperado. Fé nos acontecimentos da Páscoa só é possível quando se vence a incredulidade. Da verdade da Páscoa depende a fé cristã. É convicção do cristianismo que Jesus foi ressuscitado dos mortos por Deus. As mulheres, testemunhas do enterro de Jesus, vêm a ser testemunhas do túmulo vazio. O significado da Páscoa é justamente isto: "O crucificado e morto, vive". O que acontece na Páscoa vem confirmar o que Jesus falou, viveu e prometeu. A Páscoa mostra que o amor de Deus vence a maldade humana, que o amor de Deus é mais forte do que o pecado e a morte. Desde a Páscoa, Jesus deve ser procurado não entre os mortos, mas sim entre os vivos. Esse acontecimento traz a verdadeira esperança e a mais importante promessa a toda a humanidade. Jesus venceu o tempo. Jesus venceu as limitações da vida e da humanidade. Jesus hoje continua se mostrando vivo àquelas pessoas que nele depositam a sua confiança. Quem o tratar como morto não o achará. No túmulo ele não está.