Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Os diferentes povos e culturas têm as suas formas de saudar quando se encontram. Com isso expressam a sua intenção, o seu desejo para com a outra pessoa. E essa, por sua vez, ao responder devolve a gentileza recebida. O que acontece, muitas vezes, é que esse hábito torna se automático demais. Nosso bom-dia pode ser tão desatencioso que nem ouvimos a resposta. É importante prestar atenção nesse sentido. Os indianos, por exemplo, cumprimentam-se com "Namastê", que quer dizer: "Vejo a centelha divina dentro de você". Os judeus, quando se encontram, cumprimentam-se com "Shalom", que é um desejo de saúde total. Ao dizer bom dia, olhemos nos olhos e paremos por um momento e vamos nos surpreender com a reação de algumas pessoas. Desejar um bom-dia para alguém é uma pequena oração, um pedido de bênção de Deus. Moro numa cidade em que dizem: não para. Não parar de trabalhar, de correr, de fazer, de andar, de produzir... Qual a vantagem de não parar? Reconhecemo-nos no olhar do outro, e quando não paramos mais para enxergar o outro, com o tempo acabamos nos perdendo também de nós mesmos, de nosso eixo, de nossa essência. Olhemos com atenção para nosso colega de trabalho, para nossos filhos e filhas, companheiro ou companheira. Há dores que as pessoas não contam, mas aparecem no olhar. Abraçar, desejar um bom-dia, olhar nos olhos para que o outro realmente perceba que estamos nos importando com essa pessoa podem fazer muita diferença na vida dela. E também na nossa!

Semente de Esperança