Instituto Ivoti - Schola semper reformanda

Na série BIOGRAFIAS, hoje vamos conhecer um pouco da história do professor Giovani Meinhardt pelo olhar da acadêmica Nayane Ludwig, trabalho realizado para a disciplina de Produção Textual.

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Docência: inspiração para sonhar

Texto: Nayane Ludwig

Giovani Meinhardt, mais conhecido como professor ou psicólogo Giovani, nasceu na cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, no dia 5 de novembro de 1975. É uma data importantíssima, posto que se comemora o dia da cultura no Brasil, como o próprio enfatiza. Seus pais são Guido e Elita Meinhardt, que também são pais de Roberta, a sua irmã.

Na infância, viveu em uma cidade tranquila, com poucos carros, as casas não tinham cerca. Havia muitas carrocinhas de pipoca, que Giovani adorava, achava que quem vendia o produto era uma celebridade. Ao ser questionado sobre infância, destaca que havia quatro grandes cinemas que frequentava na região que residia, Sayonara, Avenidão, Cine Lumière e o Auto Cine, que era ao ar livre. Ele escrevia e recebia cartas, em papel, não existiam computadores.

Na adolescência, ele gostava do museu comunitário de Novo Hamburgo, chamado de Museu Comunitário Casa Schimitt - Presser. Com relação ao esporte, andava de skate com os amigos e gostava de assistir campeonatos do esporte, no Morro dos Papagaios. Seu estilo musical era refinado, as bandas preferidas RPM e Ramones. O psicólogo e professor fazia passeios que consistiam em sair de Novo Hamburgo de bicicleta e também visitar o Zoológico em Sapucaia do Sul.

Aos 15 anos, já havia se interessado pela Filosofia. Ele participou de uma feira de ciências na escola, cujo tema do projeto foi “Mais valia em Karl Marx”. Em uma reflexão sobre essa época da vida, ele disse: “Eu já gostava de filosofia e com 15 anos comprei um livro do Platão escondido. Sensacional. Nunca imaginei que cursaria doutorado em filosofia. Filosofia é muito legal! Eu recomendo!”.

Já na vida adulta, a formação profissional de Giovani se iniciou. Ela é extensa, curiosa e motivadora para qualquer um que sonha em estudar. Pode-se, sem pestanejar, afirmar que ele possui uma sólida qualificação. É graduado em Psicologia, em 2001, mestre em Filosofia (estudo do solipsismo), em 2006, ambos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Em 2020, finaliza seu doutorado, pela mesma instituição que se graduou, em Filosofia (estudo do diálogo).

Ser docente e pesquisador ainda, mesmo na sociedade do século XXI, é um desafio, uma vez que a falta de investimento no setor e reconhecimento é preocupante. Porém, ele se orgulha do que escolheu para si e afirma: “Me orgulho de estudar e ler todo dia. A formação é todo dia. Um dia sem leitura é um dia tocado fora. Esse ‘ambiente mental’ de estudo me oportunizou escrever artigos em enciclopédias especializadas, artigos em revistas acadêmicas e dois livros”. Por conseguinte, Giovani é um docente excelente, acredita em uma formação continuada e não esconde o prazer que sente em ler, aprender e mediar conhecimentos.

Assim sendo, em meio a pesquisas, trabalhou como psicólogo militar, clínico, escolar (atual) e docente (atual). Viajou a trabalho para diversos países, motivado por congressos, estadias de estudos, pesquisas e seminário. Estes são: Canadá (Montreal), Argentina (Buenos Aires), El Salvador (San Salvador), Holanda (Nijmegen), Espanha (Barcelona, Girona e Madrid), Itália (Bari) e Alemanha (Senftenberg e Bochum). Em meio aos vastos momentos da carreira e viagens de aprendizagem, o mais marcante, conforme Giovani foi: “Em 2019 proferi uma palestra em Bari, Itália. O congresso focava a inteligência senciente e os maiores especialistas do planeta estavam expondo suas pesquisas”.

Com relação a vida pessoal, ele mora sozinho e se diz feliz. Ao ser questionado sobre com quem mora, ele diz: “Moro comigo mesmo e tenho uma boa relação comigo mesmo. Otimizo o amor ao estudo todos os dias. Ninguém é unidimensional. Temos múltiplas identidades, gostamos de muitas coisas e somos muitos em um corpo só. Portanto, percebe-se a sua vida muito envolvida pela paixão por livros e pesquisas”.

Atualmente, no ano de 2020, possui cerca de vinte anos de carreira, muitos estudos, pesquisas e aprendizados. Em suma, Giovani, em toda sua caminhada profissional, inspirou jovens e adultos a viver, pensar, criticar e sonhar. Sem dúvida, destaca-se pelo olhar sensível que tem pela vida, comprovado pelas pesquisas que fez em relação ao ser humano e pelas aulas que ministra. Com isso, ele é um defensor da educação e a descreve como: “Educação é produzir sonhos. É um público especial e percebo a estética do coração andando junto com a razão, o que é ótimo. Educação é uma seriedade leve e uma leveza séria”.